O livro narra a saga de David, um garoto que foi abandonado quando pequeno num orfanato, mas um dia encontra alguém que diz que ele é especial e será treinado como guerreiro. Em sua jornada de treinamento conhece Naty, uma guerreira que, mesmo terminado seu treinamento, espera David para iniciar sua jornada.
Assim que David termina seu treinamento, ambos devem ir ao templo para receber sua chave da Sacerdotisa. Logo no início, já se deparam com desafios além de suas capacidades, perseguições e com um novo agregado ao grupo, Philipe. Mas o que eles nem imaginam, é que são peões num grande jogo já arquitetado para libertar os Sete Espíritos que poderão levar a destruição de Grendon.
Como esses jovens poderão vencer poderes antigos e muito mais fortes que eles? Como poderão vencer aqueles cuja existência deveria ser para proteger o mundo, mas se voltaram para o mal? O que há por trás disso tudo? Descubram lendo Grendon A Guerra das Duas Luas.
Confesso que a primeira vez que vi esse livro, imaginei que se tratava de uma história de ficção científica (sim, com aliens, naves espaciais, Darth Vader, guerra contra o Império. Não, espera isso é Star Wars). Tanto a capa, quanto o título, nos remetem a essa ideia. Quando li a sinopse, percebi que estava equivocada, mas fiquei mais intrigada ainda.
Grendon é o tipo de livro que você devora num fôlego só, mas depois fica muito brava com o autor por ele não ter escrito um livro com mais páginas (tipo, umas 400 estava ótimo, kkkkk).
Quando iniciei a leitura lembrei muito do anime Naruto, não que a história seja parecida, mas pela velocidade que tudo acontece. Não existe pausa, os personagens não tem trégua. Os acontecimentos caem sobre eles como uma tempestade. E o leitor se sente envolto, correndo com eles nessa tempestade.
Os personagens são muito bem concebidos. Embora jovens, já possuem uma personalidade marcante que os definirá em suas ações.
David, apesar de sua história, nunca se sentiu um coitado. Correu para seu destino como quem tem sede e corre para a água.
Naty nos é apresentada enfrentando uma pequena gangue de garotos e colocando-os para correr. Com ela não tem moleza ou delicadeza. Ela é forte, em todos os sentidos. Ainda assim, não perde a feminilidade.
Philipe é a lealdade personificada. Desde o momento que conheceu David, já demonstra sua vontade de cuidar e seguir alguém que admire.
Elizângela é tudo o que não se imagina numa sacerdotisa. Tem língua afiada, não aceita ser apenas um enfeite no Templo e é uma garota de ação.
Marcos é um caso a parte. Generoso, atencioso, o homem perfeito, mas esconde um terrível segredo que pode mudar o rumo de tudo.
Otsugua, o mestre, sábio, disciplinado e demonstra ter carinho em especial por David. (Praticamente não o reconheci no final do livro.)
O final é surpreendente e deixa um gosto de quero mais.
Só senti que faltou aprofundar mais nos personagens e nas cenas. Tudo acontece muito rápido, sem detalhes, sem termos tempo de analisar ou sofrer com o ocorrido. Talvez a intenção tenha sido essa, mas como é uma história muito bem montada, não teria problema algum se fosse contada em 300 páginas (não pensem que sou torturadora de autores, só torturo aqueles que eu gosto muito da história, kkkkkk)
Se duvidarem, leiam Grendon. E digam se tem como não ficar desesperado por mais, tanto do que está por vir nos próximos livros, quanto dos acontecimentos deste.
Minha única dica (pedido, desejo, quase implorando) é que se o autor resolver reeditar a obra, ele, por favor, poderia acrescentar mais algumas páginas (tipo, mais umas 200 *-*). Nem é pedir muito!!!
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