Lacey Lancaster sempre
quis ser esposa e mãe. No entanto, depois de um divórcio bastante doloroso, ela
decide que é hora de dar um tempo em seus sonhos e seguir sozinha mesmo. Mas
não tão sozinha: sua gatinha abissínia, Cléo, torna-se sua companhia de todas
as horas. Até é uma vida boa — um pouco aguada, é verdade — a de Lacey. A não
ser por seu escandaloso vizinho, Jack Walker. Quando Jack não está discutindo,
sempre em voz muito alta, com sua namorada — com quem insiste em morar junto —
está perseguindo seu gato, chamado Cão, pelos corredores do prédio. E Cão está
determinado a conseguir que a gatinha Cléo sucumba aos seus avanços felinos.
Jack e Cão são realmente muito irritantes. Mas acontece que a primeira
impressão nem sempre é a que fica...
O Amor Mora ao Lado é um livro bem “sessão
da tarde”: leve, rápido, engraçado, mas com uma lição sobre a vida. Como a própria autora diz:
“Sirvam-se
de uma xícara de chá, aconcheguem-se em uma cadeira confortável e, se possível,
coloquem um gato no colo e o afaguem enquanto estiverem lendo. Sempre achei
reconfortante ter um animal no colo.”
Lacey saiu de um divórcio doloroso e
tem de refazer a vida. Quem passou por esse tipo de experiência, sabe que isso
envolve uma enorme logística fora o desgaste emocional do processo: novos
amigos, novo emprego, morar sozinha, curar feridas e encontrar um novo amor.
Ela se sente fraca, covarde, receosa de abrir novamente seu coração e ser
novamente trocada. Isso sem mencionar a mágoa que ela ainda sente do ex. A
maioria das mulheres tendem a sentir-se culpadas e acham que foi algo que fizeram
(ou não fizeram) que resultou nesse desfecho. E o fim dos sonhos e das
esperanças é pior do que o fim do relacionamento em si.
Com a ajuda de sua amiga, a gatinha
Cleo, Lacey já não se sente tão sozinha. Seu emprego, não é o emprego dos
sonhos, mas paga as contas, porém ela não tem coragem de falar com seu próprio
chefe para pedir um aumento. Essa dificuldade é por causa de sua auto-estima
que foi muito abalada.
Sua vida começa a mudar quando conhece
Jack. Conhecer é modo de dizer, desde que ela mudou para aquele prédio, eles
trocam cumprimentos formais quando se encontram. Mas Lacey acha que já sabe
tudo sobre ele, pelas discussões dele com a namorada que ela escuta sempre. Ela
o acha muito irritante, um Don Juan, o tipo de cara que ela quer distância.
Entretanto, a primeira impressão não é
sempre verdadeira. Numa noite, enquanto Lacey tentava falar ao telefone, seu
vizinho estava numa discussão acirrada e num volume que tornava impossível ela
conseguir conversar ao telefone. Num rompante de coragem, ela decide
confrontá-lo e dizer tudo o que pensa dele. Porém quando fica frente a frente,
só consegue reclamar de não conseguir falar ao telefone.
“Lacey
abriu a boca para dizer exatamente o que pensava dele, mas, de repente, mudou
de ideia. Jack não a escutaria. Homens nunca a escutavam. Por que perder tempo?”
De volta ao seu apartamento, notou que
havia esquecido a porta aberta e descobriu que Cleo havia arrumado um namorado.
Ainda chocada com a cena, sua campainha tocou. Para seu desalento era Jack
procurando por seu gato.
“Olha
o Cão aí – disse Jack.
Cão?
Você deu o nome de Cão a seu gato?
Sim
– ele disse, passando por ela. Então pegou o gato com carinho e o embalou nos
braços. – Eu queria um cachorro, mas tive de abrir mão.”
(Sempre achei que o nome devia dizer
muito sobre a personalidade ou aparência do animal. Então um gato chamado Cão,
pode-se esperar que ele seja uma fera e muito fiel.)
Bem, agora eles tinham
responsabilidades em conjunto com os futuros filhotes da Cleo (que diga-se de
passagem não estava nem aí para os problemas dos dois, kkkk) e Lacey não ia
deixar Jack se safar de sua parte nisso tudo. Mas Jack não apenas se
comprometeu em ajudar como também aproveitou a oportunidade para se aproximar
de Lacey, por quem ele já estava apaixonado desde o dia que ela mudou-se para
lá.
“Jack
é assim. Ele sabia que alguém a havia machucado muito e que você precisava de
ajuda, assim como o Cão. Ele o encontrou em um beco escuro, desnutrido e tão
perturbado que não deixava que ninguém se aproximasse. Várias semanas se
passaram até que ele reconhecesse Jack como amigo. (...) Mas Jack foi paciente.
Ele também tem sido paciente com você e está sendo recompensado por isso. Não me
lembro da última vez em que o vi tão feliz.”
Não tem como não amar essa história
(não apenas porque amo gatos). É alegre, divertida e com final feliz. Uma das
cenas que mais dei risada foi o desespero de Lacey durante o parto da Cleo.
Quem passou por isso sabe o quanto é desesperador, mas ela chega ao exagero.
Fiquei apaixonada por esse livro, li
em uma tarde. A capa é linda, na parte da frente vemos Cleo com sua amiga Lacey
e atrás do livro, está Cão com servo Jack, rs. O livro também trás algumas
receitas de petiscos para felinos (mas meus gatos, agradeceram a ideia, porém
preferem os sachês prontos!) para os amantes de gatos fazerem.
Esse é um daqueles livros que gostosos
para ler com uma boa xícara de chocolate quente e rodeada de gatos.
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