INAUGURADA A ACADEMIA BRASILEIRA DE QUADRINHOS


Olá, Clã!!!

No dia 30 de janeiro, Dia do Quadrinho Nacional, Ágata Desmond inaugurou a Academia Brasileira de História em Quadrinhos (Abrahq), empossando 20 artistas que passarão a ocupar cadeiras em homenagem a desenhistas já falecidos.


Ágata cumpre a promessa que fez ao gênio dos gibis Edmundo Rodrigues, que no leito de morte aos 79 anos, chama aquela que foi sua produtora por mais de cinco décadas e sussurra a ela um pedido, seco, firme: “não deixe minha obra morrer”.

Edmundo Rodrigues foi autor de revistas em quadrinhos desde a década de 50, sendo chamado de “mestre” até pelos seus contemporâneos, o paraense chegou ao fim da vida, em setembro de 2012, com medo de não deixar sua marca para a posteridade e frustrado por não conseguir ajudar os amigos de profissão que mal conseguiam sobreviver depois da época de ouro das HQs, entre os anos 60 e 80. 

"Quando eu prometi ao mestre que faria de tudo para manter viva a história dos quadrinhos, na verdade não sabia no que estava me metendo. É preciso muito esforço para tocar um projeto como o da Academia, porque não temos apoio financeiro. Mas, agora, o que eu mais quero é vê-la crescer e dar frutos", afirma Ágata.

O acervo da Academia conta com 60 mil gibis, hoje armazenados no virtual Museu do Gibi, em Niterói. Inclui também um sem-número de doações dos hoje “imortais”, além dos trabalhos de Edmundo Rodrigues e do também guru dos quadrinhos Flavio Colin, já que Ágata é curadora da obra de ambos. Grande parte desses desenhos ainda tem seus originais preservados, em folhas no mínimo duas vezes maiores do que o A4. 

A coleção é repleta de raridades: “O Tico-tico”, tira nacional da década de 1940; “João Charuto”, do mesmo período; “Irina, a bruxa”, um clássico do gênero de terror em quadrinhos, criado por Rodrigues duas décadas depois; “Jerônimo, o Herói do Sertão”, de mesma autoria; até os primeiros exemplares de “Popeye” a desembarcarem no Brasil, por volta de 1975.

Felipe Hanower / Agência O Globo
Sem sede própria a Abrahq está funcionando temporariamente no espaço de coworking Colmeia Carioca, em Botafogo, alugado pelo grupo para cada dia de reunião.

"Nosso principal objetivo é conseguir uma sede definitiva, onde possamos armazenar a coleção e deixar os principais exemplares expostos. Queremos ter um espaço físico dedicado aos quadrinhos, e não ter que levá-los de um lado para o outro. A maior preocupação é o desgaste das obras mais antigas.", relata Ágata.

Além de Ágata, fazem parte da Abrahq: 
Francisco Ferreth,
Johnny Simões Fonseca,
Carlos Felipe de Souza Oliveira,
Helio Guerra;
Fernando Resky,
Sérgio Pereira Lima,
Agata Desmond,
Flávio Collin Filho,
Rodrigo Somcin Gonzalez,
Ranieri Andrade,
Lincoln Augusto
Nery de Hollanda Oliveira,
Carlos Eugênio Baptista,
Fabio Moraes, André Aurnheimer,
Carlos Alberto de Carvalho,
Fernando Jorge Silva,
Wladimir Weltman,
Marcus Moraes,
Bira Dantas e Amorim. 

Eles ocupam cadeiras simbólicas que homenageiam mestres do passado (corresponde aos patronos na ABL): 
Angelo Agostini,
Antonino homobono,
Alex Reymond,
André leblanc,
Carlos Arthur Thiré,
Eugênio Colonesse,
Edmundo Rodrigues,
Flavio Colin,
Gedeone Malagola,
Gutemberg Monteiro,
Ivan Whast Rodrigues,
J. Carlos,
Jayme Cortez,
Jerônimo Monteiro,
Luiz Sá,
Miguel Falcone Penteado,
Moisés Weltman,
Sérgio Lima,
Nico Rosso 
Péricles Maranhão.

Quem quiser colaborar com a Abrahq pode entrar em contato por meio dos e-mails: academiabrasileiradehq@gmail.com e agatadesmondhqforever@gmail.com

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Bjs e boas leituras!!!

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