Em homenagem ao Dia Nacional da Poesia, vamos resenhar o livro Rotinas e Surpresas - Espirais da Vida.
Rotinas e Surpresas é um livro lindo e leve. Suas poesias são intercaladas com imagens que nos fazem refletir sobre o tema. Como diz a autora logo no início:
Nós adoramos dizer que temos uma rotina, mas o que temos são apenas planos para o dia futuro, pois nada é certo. Como ouvi numa palestra sobre investimentos: "não é porque não aconteceu até hoje, que não irá acontecer".
Gostamos de imaginar a vida como certa, como rotineira. Precisamos nos agarrar a algo. Mas a Mirian já começa o livro nos lançando no abismo das incertezas e das surpresas.
Então, ela nos joga a grande e cruel verdade na cara:
"Nem todos os poemas são de amor!
Há poemas tristes, que sangram...
Que no tiram do 'prumo'"
Sempre gostei dessa palavra "prumo", meu pai a usava com freqüência e eu ainda uso. Principalmente, quando a vida está nos seus momentos de "poemas que nos sangram".
Nesse momento, Mirian nos conta que:
"Alex não morreu...
Apenas virou poesia!"
Gostei dessa declaração. Uma forma doce de se despedir e uma forma suave de ser lembrado.
Será que viraremos poesia algum dia? Seja vivos ou mortos? Não sei. Mas gostaria de virar poesia para alguém. Duas certezas eu tenho: na minha poesia haveria gatos e livros, kkkkkkkk
"Mas... se a eternidade chegar hoje...
Terei tempo para me organizar?"
Eu provavelmente não. Há tanto querer dentro de mim, que a eternidade é pouca para tantas coisas.
Como definir uma alma assim? Bem, a autora definiu assim:
E assim, Mirian nos arrebata em seu mundo de poesia do qual não somos meros leitores, mas somos também parte do poema, pois ela fala sobre nós, nossa vida, nossa alma, nossa essência.
Não tinha como fazer esta resenha de outra maneira, pois ao contrário dos livros de romance, a poesia não é apenas para ser lida, é para ser sentida (ensinamentos do meu pai). Não há poesia sem alma, mas há almas sem poesia.
"Não se pode ter tudo ao mesmo tempo:
ou se tem uma noite de sono,
ou se contempla a maturidade das horas."
A autora falou tanto em brisa do mar, ondas quebrando que quase pude ouvir o som das ondas. E senti um aperto no peito por estar longe do mar e não poder sair correndo para vê-las e ouvi-las.
Com certeza, jamais pisarei numa praia sem lembrar deste livro, que tocou tanto minha alma que pude até sentir o gosto do mar na minha boca e a maciez da areia nos meus pés.
E para encerrar, esta nada convencional, resenha, vamos a definição da autora sobre o prazer:
Bjs e boas leituras!!!
Parabéns, Mirian pelo sucesso da obra, adorei conhecer um pouco sobre esta maravilhosa obra literária, Obrigada Clâ das Sombras por tão bela homenagem, Parabéns Poetas.
ResponderExcluirAbraços.
Nossa que livro diferente e lindo.
ResponderExcluirNão tinha visto nenhum assim, com certeza a autora inovou, adorei, parece mesmo um livro muito especial.
beijosss
Fer