150 ANOS DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Olá, Clã!!!

Há exatos 150 anos atrás, era lançada a primeira edição de Alice no País das Maravilhas.

Lewis Carroll, pseudônimo de Charles Lutwidge Dodgson, o tímido e gago professor de matemática na Faculdade Christ Church.

Indo contra a lógica das histórias infantis, sobre moral e bom comportamento, Carroll criou um mundo mágico de animais falantes e autoridades questionáveis. 

O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai numa toca de coelho que a transporta para um lugar fantástico povoado por criaturas estranhas e com uma lógica do absurda característica dos sonhos. 

Repleto de alusões satíricas dirigidas tanto aos amigos como aos inimigos de Carrol, de paródias a poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX e também de referências linguísticas e matemáticas frequentemente através de enigmas que contribuíram para a sua popularidade, o livro tornou-se um clássico da literatura. 

O livro de Carroll se situa no campo da lógica. Mas o problema lógico do raciocínio em Carroll muitas vezes se subordina ao problema semântico. Carroll questionava poeticamente, por meio do nonsense, os jogos de palavra e sentido, assim como os paradoxos.

Uma questão levantada também é a identidade da Alice. Ela tem de mudar tantas vezes que chega um ponto que não sabe mais quem é. Tantas coisas estranhas acontecem a sua volta que a menina passa a duvidar de si mesma e se pergunta: será que o mundo mudou, ou fui eu?

“Quem é você?” 

 “Eu... eu... nem eu mesma sei, senhora, nesse momento... eu... enfim, sei quem eu era, quando me levantei hoje de manhã, mas acho que já me transformei várias vezes desde então.” 

 

Tudo é questionado e questionável. E como afirma o Gato de Cheshire todos são loucos. Mas como se tem consciência da própria loucura quando todos são loucos?

Alice no País das Maravilhas pode ser lido como um simples entretenimento ou na busca de uma auto análise. Mas num ponto todos concordam: é um livro sensacional.

Bjs e boas leituras!!!